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CFESS Manifesta reforça a importância do trabalho da categoria na defesa dos direitos das mulheres

 

“Eu sou assim: o grito que reclama a paz”. É dessa forma, com um grito de dor e denúncia, mas, sobretudo, um grito por direitos, que o CFESS vem parabenizar todas as mulheres e, em especial, as assistentes sociais pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado neste 8 de março.

 

Para comemorar, o Conselho Federal lança mais um manifesto em referência à data, abordando o papel da categoria para efetivação dos direitos das mulheres. “Devemos lutar pela garantia de direitos a todas as mulheres. Direito à cidade, à autonomia de seus corpos, à sua sexualidade e à vida. É dever continuarmos nas trincheiras em prol de políticas públicas que se comprometam com o fim da violência contra as mulheres, contra o assédio, contra o machismo, contra a cultura do estrupo, que culpabiliza essas mulheres, e, por fim, contra a sociedade patriarcal, que perpetua seus mecanismos de exploração e opressão”, diz trecho do documento.

 

A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM) divulgou na sexta (6/3) dados sobre a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180). Em 2014, foram realizados 485.105 atendimentos, uma média de 40.425 atendimentos ao mês e 1.348 ao dia. Desde a criação do serviço em 2005, foram mais de 4 milhões de atendimentos.

 

Segundo a SPM, em comparação a 2013, o Ligue 180 registrou, em 2014, aumento de 50% nos registros de cárcere privado de mulheres, uma média de 2,5 registros/dia. No caso de estupros denunciados, o aumento foi de 18%, uma média de três denúncias/dia. A violência sexual contra a mulher, que inclui estupros, assédios e exploração sexual, cresceu 20% em 2014, uma média de quatro registros/dia.

 

Também no ano passado, do total de 52.957 denúncias de violência contra a mulher, 27.369 corresponderam a denúncias de violência física (51,68%), 16.846 de violência psicológica (31,81%), 5.126 de violência moral (9,68%), 1.028 de violência patrimonial (1,94%), 1.517 de violência sexual (2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%).

 

Tais dados revelam a importância do trabalho de assistentes sociais nesse campo: da denúncia ao acolhimento das mulheres.

 

Por isso, o Conselho Federal reafirma que a “a luta contra a violência de mulheres é de toda as pessoas, homens e mulheres trabalhadores e trabalhadoras, pois perpassa a construção de uma nova sociabilidade, em que não haja mais opressão e exploração humana e na qual possamos construir novas formas libertárias de ser e viver”.

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